quarta-feira

Medo do escuro

Antes que algum dos escassos visitantes deste blogue me acuse de arrogância, seria importante dizer que, para além de não me rever na embirração militante que Clara Ferreira Alves tem com Cavaco Silva (apesar da figura deste me ser antipática desde sempre, do que eu gosto é de uma boa tirada), o que me incomoda verdadeiramente em Sarah Palin (lá porque partilhamos o primeiro nome e as iniciais...) não são as "origens humildes" (não acredito em determinismos de berço) nem o penteado ou o sofá-urso no gabinete de trabalho (dois pequeninos sintomas do provincianismo que vai naquela cabeça), mas a possibilidade real de que uma pessoa como ela, que representa para mim o que os Estados Unidos têm de mais assustador, possa um dia vir a ser Presidente (worst case scenario) da maior potência mundial. É o ultra-conservadorismo, o nacionalismo, o anti-europeísmo, a paranóia securitária, a apetência bélica, o "vamos-pegar-em-armas-e-barricarmo-nos-porque-está-tudo-contra-nós"ismo... E, sobretudo, porque me parece que ela é uma força da natureza, capaz de levar tudo à frente. Ao pé dela Bush é um menino.

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Escuto.