Headbanging #2
A minha prima-sobrinha, um piolhito de 10 anos que adoro apesar das birras, ao fim de algumas músicas, e antevendo a seca que ia apanhar durante duas horas de viagem de carro, depois de analisar pormenorizadamente o meu iPod sentenciou que eu só lá tinha «porcarias» (cito de cor). Continuou em cover flow, a percorrer enfadada as capas dos discos, até que de repente disse: «Espera, eu conheço isto! Os Interpúl!» Naturalíssimo, pensei, porque o pai dela gosta da banda e andava tão ou mais excitado do que eu quando os Interpol vieram tocar a Lisboa, da primeira vez. (O ânimo entretanto como que se nos esmoreceu, ao ponto de nem termos posto os pés no Coliseu, em Novembro passado. Não sei bem explicar porquê. Coisas.)
Afinal não foi influência musical paterna, mas sim da Morangada. Vejam-me só: turns out o box-office da TVI tem The Heinrich Maneuver na banda sonora. (Deve ser naquela parte em que no intervalo das aulas o adolescente radical com o cabelo em redemoinho diz à adolescente radical grávida «amo-te bué, miúda».) E eu tão cedo não consigo voltar a ouvir aquilo, depois de me ter sido solicitado que tocasse várias vezes o tema. (Antes isso do que ouvir Rihanna directamente do telemóvel do anjinho.) O pai teve sorte, porque não se encontrava no veículo. Já as nossas cabeças - minha e da mãe dela - iam fritando.
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Escuto.