terça-feira

iPodified

Não me separo do meu iPod Nano desde que o recebi pelo Natal. Já lá vão umas semanas. Em casa ligo-o às colunas, no carro ao rádio, no trabalho... trabalho. Na(s) minha(s) malinha(s) mantenho um compartimento só para ele, para poder protegê-lo de agressões, na medida do possível, para tê-lo sempre por perto, mesmo quando não o utilizo. No entanto, a bem da minha sanidade mental, cheguei à conclusão de que não posso usar aqueles conspícuos (embora de óptima qualidade) headphones brancos, quando ando a pé. Acho que há mais de dez anos que não experimentava a sensação de percorrer as ruas alheada do ruído urbano e de todas as ameaças respectivas. Pois desenvolvi uma verdadeira paranóia, tal é o medo de que me assaltem e me levem o naninho, fonte de grande prazer auditivo e táctil (tenho uma vida muito desinteressante). Este domingo à tarde, quando saía da estação de metro do Saldanha, tive (mais) uma alucinação. Senti alguém aproximar-se por trás, "pssst", alguém com uma faca, prestes a encostá-la ao meu pescoço e a dizer "passa para cá o dispositivo móvel, mesmo que não haja aí música de jeito". Que susto preguei a mim própria. Que sobressalto. Ridículo. Ainda bem que não se via vivalma num raio de 50 metros.

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Escuto.