Da responsabilidade
Nana (Anna Karina)
(...)
Yvette: É triste, mas não sou responsável por nada.
Nana: Eu acho que somos sempre responsáveis por tudo o que fazemos - e livres... Levanto a mão, sou responsável. Viro a cabeça para a direita, sou responsável. Sou infeliz, sou responsável. Fumo um cigarro, sou responsável. Fecho os olhos, sou responsável. Esqueço-me que sou responsável, mas sou-o na mesma. Era o que eu dizia há pouco. Querer evadir-se é uma treta. Afinal, tudo é belo. Basta ter interesse pelas coisas e achá-las bonitas. No fundo, as coisas são o que são e mais nada. Um rosto é um rosto. Pratos são pratos. Os homens são os homens. E a vida é a vida.
(...)
Vivre sa Vie (JLG, 1962)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Escuto.