Shandy
Marcel Duchamp, Boîte-en-valise
(...)Mas miniaturizar é também ocultar. Duchamp, por exemplo, também se sentiu sempre atraído pelo extremamente pequeno, quer dizer, por tudo o que exigisse ser decifrado: emblemas, manuscritos, anagramas. Para ele, miniaturizar significava também tornar inútil: «O que está reduzido encontra-se de certo modo livre de significado. A sua pequenez é, ao mesmo tempo, um todo e um fragmento. O amor pelo pequeno é uma emoção infantil.»(...)
Enrique Vila-Matas, História Abreviada da Literatura Portátil (1985), trad. José Agostinho Baptista, Campo das Letras, 2006
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