segunda-feira

Silly season (rentrée)


(a monte nos escaparates turísticos)

Em Palermo fui sequestrada pela Máfia. Não se sabe porquê, mas desconfia-se que não foi pelos meus lindos olhos. Na origem do sequestro poderá ter estado o facto irritante de eu tentar falar espanhol em vez de italiano, sempre que abria a boca para comunicar com os locais.

Como resgate, foi exigido às autoridades que disponibilizassem de imediato várias toneladas de mozzarella de búfala, pasta fresca e tomate seco. Caso estas exigências não fossem satisfeitas, ameaçaram obrigar-me a visitar todas as catedrais e igrejas (barrocas ou não) existentes na Sicília, e, no pico do calor, todas as ruínas gregas e romanas com mais de três pedras alinhadas. Em alternativa, atiravam-me para dentro do vulcão Etna.

Sem ceder às chantagens, os Carabinieri conseguiram salvar-me numa complexa operação que envolveu azeitonas, figos da Índia e a motoreta da Dona Giuseppina – que, a propósito, manda os seus melhores cumprimentos à Dona Bina.

Honey, I'm home.

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