Guito, massa, carcanhol, etc.
[recebido hoje por e-mail]
Dear All:
É Dezembro e está frio. O Natal é uma circunstância - passemos adiante. Não tenho dinheiro, o que é normal. O endividamento é um problema nacional e eu devo ter sido escolhido como study case. A mama familiar, sim. Mas é cada vez mais a veritable pain in the ass (sosseguem, o meu rabinho continua incólume). O trabalho que tenho, e tenho, só daqui a uns longínquos meses renderá algum. Pouco. Os gastos que se avizinham, regulares e extraordinários, agigantam-se. É assim que tenho de dar o corpinho ao manifesto, o que é uma pena. Toda a gente sabe que tenho muito mais jeito para pensar nos meus filmes, nos dos outros, fumar cigarros e ouvir música. Às vezes até faço uma canção. Cumpro diligentemente as minhas obrigações domésticas e o piar da coruja não me é estranho. Garanto-vos que era melhor para todos se a remuneração de todas estas actividades fosse justa. Não é. Então, meus caros, se souberem de algum trabalho, temporário ou permanente, bem ou mal pago, desde que pago, nas seguintes áreas:
- cinema: qualquer função (excepto financiador);
- qualquer outra coisa que mexa com imagem, edição, som (publicidade, institucionais, televisão aaarghhh);
- antropologia (é uma ciência social ou uma perspectiva);
- tradução (técnica ou táctica, inglês, francês, espanhol, catalão, crioulo ou Tulha - a língua da República Estética de Telheiras);
- prosa (jornais, revistas, catálogos, agendas, pasquins, flyers, slogans);
- crianças (ah, as crianças! monitorizo qualquer tipo de actividade: teatro, música, filme, sono - vasta experiência no terreno);
- explicações (de tudo, para todos);
- música: lojas, concertos, rádio, aconselhamento musical (acho que muitas pessoas, privadas e colectivas, precisam mesmo de);
- tráfico de influências (pagamento em géneros).
(...)
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Escuto.