Vai-se andando
Trata-se de imaginar como várias personagens responderiam à pergunta "Como vai?" Inicialmente, o jogo foi realizado com (...) Depois reciclei as sugestões à minha maneira.
- Édipo: «A mãe é feliz.»
- Dâmocles: «Poderia ser pior.»
- Ulisses: «Não respondo, pode tirar o seu cavalinho da chuva.»
- Pitágoras: «Dá tudo certo.»
- Sócrates: «Não sei.»
- Platão: «Idealmente.»
- Aristóteles: «Sinto-me em forma.»
- Epicuro: «Estou mal-disposto.»
- Onan: «Contento-me.»
- Joana d'Arc: «Está calor.»
- Nostradamus: «Quando?»
- Henrique VIII: «Eu bem, a minha mulher é que...»
- Vivaldi: «Conforme as estações.»
- Newton: «Regularmente.»
- Robespierre: «Estou sem cabeça para isto.»
- Sade: «Eu, tudo bem.»
- D'Alembert e Diderot: «Não se pode dizer em duas palavras.»
- Kant: «Situação crítica.»
- Hegel: «Em síntese, bem.»
- Marx: «Irá melhor.»
- Darwin: «Uma pessoa adapta-se.»
- Proust: «Vamos dar tempo ao tempo.»
- Kafka: «Sinto-me um verme.»
- Madame Curie: «Sinto-me radiante.»
- Freud: «Diga o senhor.»
- Popper: «Prove que vou mal.»
- Camus: «Uma peste.»
- Judas: «Com um sorriso nos lábios.»
- Jerónimo Bosch: «Mas que diabo quer?»
- Ghandi: «O apetite não falta.»
- Agatha Christie: «Adivinhe.»
- Einstein: «Relativamente a quem?»
(...)
Umberto Eco, O segundo diário mínimo, Difel, 1993, pp. 336-339
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